segunda-feira, 7 de maio de 2012

Onde brota a fé?






Caro leitor,

Uma pausa para atualizar o blog! E continuo sem saber como "casar" fotos e textos, visto que o Google mudou o formato da página.

Hoje é feriado bancário na Inglaterra, que eles chamam de "bank holiday". Eles têm vários desses feriados no ano. Da última vez, perguntei o que eles celebravam, mas não souberam me dizer. Hoje não sei por que estamos em "holiday".

A Faculdade abriu, mas vai fechar mais cedo. Há pouquíssimas pessoas aqui. O comércio está aberto, mas a cidade está em ritmo de feriado. O tempo? Como está o tempo aqui? Chove e faz muito frio, para variar. Já sei que vou me despedir da Inglaterra sem ver o sol que espero desde que cheguei, em pleno verão, porque aqui quase não há sol. Isso é a Inglaterra. Seria por essa razão, por influência do tempo frio, que os ingleses têm fama de serem pessoas também frias, que não expressam seus sentimentos? E nós, dos países quentes, nos expressamos melhor?

Enquanto escrevo, a chuva bate e saltita na janela da bonita Faculdade de Educação. Aliás, todos aqui pagamos para estudar e, sendo assim, o mínimo que se pode oferecer é um prédio confortável. Mas as relações humanas não são nada confortáveis, muito, mas muito diferentes do que eu poderia pensar que fossem. O que fazemos, nós do Terceiro Mundo, não tem importância nenhuma aqui. Só abrem as portas para os estrangeiros dos países pobres para dizer que são politicamente corretos. Entre a teoria e a prática, há uma distância abissal.

Deixando o desânimo acadêmico de lado, vou pôr aqui no blog umas fotos do dia em que fui a uma cidadezinha chamada Ely (lê-se Ily), que fica a poucos minutos de trem de Cambridge, no condado inglês de Cambridgeshire, que é a região que abarca Cambridge e pequenas cidades, "villages" ou lugarejos, às vezes habitados por gente muito rica, que vivem em suas cottages, que são umas casas típicas, localizadas em uma zona mais afastada da cidade, mas não muito.

Desde que cheguei aqui, a dona da casa onde moro, Marion, me sugeriu ir a Ely para visitar a catedral medieval, do século 12, com seus nuances góticos e resquícios de sua origem, quando era um mosteiro. Na verdade, a catedral passou por várias restaurações para recuperar o que foi destruído em função de invasões ao país e de brigas religiosas e politicas. Enfim, fui. É um pouco caro para fazer a visita até o teto, passar pelas espremidas escadarias que levam à torre, e conhecer um pouco da história do país.

Na visita à torre da catedral foi possível ver as entranhas do edifício, em que há madeira usada na construção há 900 anos e que até hoje sustenta o prédio. O guia era um homem gentil, que nos explicava vários detalhes e pormenores da velha igreja. É uma construção normanda, dos católicos, e é possível ver os lugares vazios nas paredes onde havia santos, arrancados na época da Reforma Protestante. Segundo o guia, também se perdeu algumas partes da igreja, do lado de fora.

Até!
Rosane.
Cambridge, 7 de maio de 2012.


















Nenhum comentário:

Postar um comentário