domingo, 13 de maio de 2012

Poesia de fim de tarde



Caro leitor,

Para nós, brasileiros, o sol é mais um adendo nas nossas vidas. Aqui, na ilha, de tantas pompas e circunstâncias, e de tantos gritos calados, de tantas dores não expressas, de algumas alegrias genuínas, o sol é uma jóia rara. Mas é muito rara mesmo!

Hoje ele apareceu um pouquinho. Apesar do frio, o verão se aproxima e os dias demoram a escurecer. Só por volta das nove da noite. E fica claro bem cedinho, por volta de umas quatro e meia, cinco horas. 

Estava aqui, com o computador, sem nenhuma idéia que fosse mudar minha vida, sem nenhuma inspiração para a tese, e comecei a ouvir a música do Legião Urbana, "Quando o sol bater na janela do meu quarto". Aí me dei conta de que, coincidentemente, da minha janela eu via o sol se pôr. Um sol bonito. E raro.

A letra da música é inspiradora:

Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só,
Por que esperar
Se podemos começar
Tudo de novo?
Agora mesmo,
A humanidade é desumana
Mas ainda temos chance,
O sol nasce pra todos,
Só não sabe quem não quer,
Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só,
Até bem pouco tempo atrás,
Poderíamos mudar o mundo,
Quem roubou nossa coragem?
Tudo é dor,
E toda dor vem do desejo,
De não sentimos dor,
Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só.
..............................................
Será que o caminho é mesmo um só?

Ou o caminho é mesmo um sol?
.............................................
Até!
Rosane.
Cambridge, 13 de maio de 2012.



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