sábado, 26 de maio de 2012

Londres e o rolar de cabeças


Caro leitor,

Muitos dias sem escrever e muita coisa acontecendo.

As fotos que aqui lanço hoje foram tiradas há uma semana, sábado, em Londres, quando fui, pela manhã, visitar o Parlamento, que é, para mim, o prédio mais bonito da cidade, visto de fora.

O Big Ben fica junto, mas só quem é inglês pode subir a torre do relógio. A visita ao Parlamento custa 15 libras.

Quero ver se vou lá um dia em que os políticos estejam trabalhando, pois a entrada é livre. Não sei se terei tempo. Pelo menos durante a visita foi possível ouvir o simpático guia a nos explicar sobre como funciona a política inglesa, que até hoje não entendo bem, e a nos relembrar de decisões que já fizeram, literalmente, muitas cabeças rolarem.

Só é permitido tirar fotos do hall de entrada e não mais. A visita é rápida, dura uma hora e quinze, e depois saí caminhando por Londres, esperei um monte de tempo no ponto de ônibus, caminhei em direção a Covent Garden, passei perto da Trafalgar Square, onde havia - e quase sempre há - uma manifestação popular que não cheguei mais próximo para saber o que era - e, em seguida, iniciei uma longa caminhada às margens do Tâmisa, passando por pontes e pontes, pelo garoto-músico-palhaço e por aí vai. Nos próximos blogs porei mais fotos desse dia e de outros dias!

Pelo menos nessas fotos dá para a ver a pontualidade do Big Ben, não dá para ouvir a música dele, que toca a cada hora, porque tentei gravá-la, mas não deu tempo; dá para ver a roda gigante, a London Eye, ao fundo; o rapaz na bicicleta que carrega turistas, vestido de branco e azul, imitando a rainha, que em 5 de junho comemora 60 anos no poder e aqui não se fala em outra coisa a não ser jubileu e olimpíadas...

É a primeira vez na história da Inglaterra que uma pessoa fica tanto tempo no trono. Também... com a vida boa que essa mulher tem, claro que não morre fácil. Enquanto a maioria dos mortais têm que se matar para sobreviver, a família real deita em rola em muito dinheiro, só porque nasceram em berço de ouro...

Enquanto isso, a maioria da população vai levando a vida. Claro que, se comparamos a vida deles com a dos pobres do Terceiro Mundo, aparentemente está muito melhor, mas é que no Terceiro Mundo sabemos que milhões de pessoas vivem aquém do que se poderia considerar as condições mínimas para a sobrevivência humana. Estão, literalmente, no limbo.

Mas, enquanto a rainha Elizabeth tem todos os tapetes vermelhos sob os pés - sim!, porque por onde ela passa tem que ter os tais tapetes -, um em cada quatro ingleses desenvolve um quadro de doença mental, seja desde uma depressão até uma doença mais grave.

E a reina está la preocupada com isso?

E não seria a política moderna a própria demência em si?

Até!
Rosane.
Cambridge, 26 de maio de 2012.



















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