segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um país se faz com homens ou com livros?

Caro leitor,

Hoje acordei pensando no Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). Abri o site do Ministério da Educação/FNDE e lá está a informação de que os livros do PNBE/2012 estão em fase de distribuição às escolas. E o semestre está terminando!

Na verdade, nada muda. Porque não se quer mudar nada. Os livros do PNBE só servem de entulho nas escolas. Se eles chegarem em janeiro, março, julho, setembro, dezembro ou não chegarem tanto faz. Aliás, se não chegarem, vai ser até um alívio, porque a maioria das escolas não tem espaço para abrigá-los.

No fim das contas, o PNBE só é bom mesmo para os editores, que vendem os livros para o Governo, e se tornam cada vez mais ricos, para o próprio Governo, que pode se vangloriar de que está estimulando a leitura no País, e para o MEC, que serve de porta de entrada para um monte de pessoas que passam por lá para depois entrarem no mundo da política.

Será que ninguém vai dizer à presidente que já é hora de acabar com isso? Insisto: para que livros? Para quem? Por que não pensar em políticas sérias de educação?

Mas o Brasil nunca, NUNCA vai ser um país sério com esses políticos que nós temos. Acho que, sem ética, não se chega a lugar nenhum. Não ética no discurso. Na prática.

O PNBE é só uma estratégia de marketing político. Fracassada.

Lobato disse: "Um país se faz com homens e com livros". Eu acrescentaria: e também com brio na cara, que é o que quase cem por cento dos nossos governantes não têm.

Até!
Rosane.
Cambridge, 18 de junho de 2012.





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