sexta-feira, 2 de março de 2012

Caminho entre as idéias

Leitor,

Sei que o prazo para adequação às últimas modificações na Língua Portuguesa está chegando ao fim, mas me nego a escrever idéias sem o acento. Acho isso tão absurdo. O Lula podia ter se preocupado com tantas outras coisas. Com a educação das crianças, por exemplo...

"Caminho entre as idéias" é uma das definições para a dialética. Encontrei isso e teria que ter mais tempo para pesquisar. Mas gosto disso. Dá a sensação de possibilidade. Se vai haver obstáculos nesse caminho? Provavelmente. A questão central, porém, é ir além do superficial.


Ontem, fiz uma descoberta muito agradável. No ano passado, uma professora daqui me indicou alguns livros para leitura. Fui procurá-la e ela me deu umas dicas. Para minha surpresa, aconteceu algo raro. Gostei muito do capítulo que li, que trata do tema da leitura. O livro é Understanding Reading - A Psycholinguistic Analysis of Reading and Learning to Read, de Frank Smith. Ele escreve de uma maneira poética. Preciso ver os demais capítulos, mas é o tipo de leitura que abre nossa mente. O livro foi traduzido e há exemplares na Faculdade de Educação da Unicamp.

Fico tão contente quando faço essas descobertas. São raras. Por isso, são prazerosas.

Obs.: Já tem umas duas semanas que não vou a Londres. Começa a dar uma saudade. Daqui a pouco, Londres não será mais uma possibilidade. Quando der saudade, terei que conviver apenas com o sentimento. Londres será apenas uma doce lembrança. O frio, as frestas de sol, o contraste, a frieza dos transeuntes, o Tâmisa, com suas águas encardidas, o Big Ben, o ar londrino. A cidade multifacetada, que tenta ser diferente, e até que consegue mesmo. A cidade tão desigual. E tão elegante! Ao mesmo tempo, tudo é tão comum em Londres. Mas é tão bonito. Conheço Londres mais do que São Paulo. Mais do que Goiânia. E vou sempre sentir saudades... Especialmente daquilo que não será possível fazer agora. Quem sabe um dia?

Não sei quantas vezes estive em Londres. Foram muitas. E são, ao mesmo tempo, sempre poucas. Impossível explorar tudo. Ao mesmo tempo, dá preguiça de ir. É que o frio cansa a gente. São meses e meses e chega uma hora que começa a dar uma certa exaustão.

Enfim, calor insuportável no Brasil. Frio que não passa na Europa.

E acho que me cansei de escrever por agora. Se pensar resultasse em dinheiro, nós, jornalistas e professores, seríamos ricos. E tem tanto político brasileiro analfabeto, no sentido literal da palavra, e que fica rico. Estranho, né, esse nosso Brasil.

Até!
Rosane.
Cambridge, 2 de março de 2012.






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