domingo, 22 de janeiro de 2012

Deu no New York Times: educação como elixir da vida


Leitor,

O The New York Times publicou hoje, na seção "Educação", uma matéria sobre o cérebro e sua capacidade de cognição com o passar do tempo. Nada de muito novo. O que me chamou a atenção é que os pesquisadores reforçam a importância da educação na vida de uma pessoa. Quanto mais se estuda, maiores as chances de se ter um cérebro mais ativo e capaz, com a possibilidade de driblar a demência prematura.



A leitura dessa matéria ajudou a minha memória a voltar no tempo. Viu como ler faz bem para a vida? O difícil é convencer as pessoas disso, especialmente num país onde a educação não tem valor nenhum. Esse país se chama Brasil.

Ao criar o título acima, lembrei-me do Biotônico Fontoura, que, como a Minancora, o Merthiolate, fazem parte da cultura popular nacional. Parece que, no fundo, no fundo, eles não servem para nada, mas alguém convenceu a gente de que servem. E, por falar nisso, sobre a indústria farmacêutica e o marketing, como me irritam aqueles representantes comerciais que ficam nos consultórios médicos vendendo remédios - ou oferecendo presentinhos aos doutores, ou presentões! - e agem como se fossem Phds na sua área. O que os torna tão metidos?

Acabei desistindo de uma dermatologista, em Campinas (SP), onde fui por muitos anos para tratar algumas espinhas. O consultório dela fica cheio desses caras e ela dá muita atenção a eles. Sem falar que agora ela também está na onda do botox e dá preferência às madames que estão lá para a recauchutagem. Da última vez, fiquei muito chateada, pois a dermatologista mal olhou na minha cara. Ela era tão humana, e agora está tão mercadológica...

Sobre o Biotônico Fontoura, dei uma googleada aqui, e encontrei que o criador do elixir foi Cândido Fontoura, que morreu em 1974. Ele trabalhou com Monteiro Lobato, no Estadão, e daí surgiu a campanha do Biotônico com o personagem Jeca Tatu, criação lobatiana que lhe rendeu dores de cabeça mais tarde. O objetivo era estimular o uso do Biotônico para tratar a verminose, ou o amarelão.

Aqui está o link para a matéria do do NYTimes:


Até!
Rosane.
Cambridge, 22 de janeiro de 2012.


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