segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Livros, Shakespeare e a arte de compreender

Leitor,

Chega uma hora em que, por mais que tudo seja novidade, fica difícil ter paciência o tempo todo com o tempo. Digo: com os tempos. São quase cinco da tarde e já é tão escuro. Aqui nessa ilha é escuro demais. Por isso, quanto mais o tempo passa, mais entendo por que os ingleses são tão ranzinzas quando o assunto é o tempo. A luz do sol faz falta.

Shakespeare, como eu já disse, é leitura indicada aos alunos-leitores em formação, pelo National Curriculum. Se os ingleses já leram Shakespeare? Não sei quantos. Seria o mesmo que perguntar quantos brasileiros já leram Machado de Assis.

Estou criando ânimo para visitar Stratford-upon-avon, a cidade onde viveu o escritor inglês. É que viajar pela Europa, ou melhor, pelo Reino Unido e Europa, não é uma tarefa fácil, não. Cansa, cansa muito. Claro que tem os benefícios, as aventuras, mas queria entender o que faz tanta gente no mundo se descabelar para poder visitar a Europa repetidas vezes.

Se quiser saber um pouquinho mais sobre Stratford, aqui está: http://www.stratford-upon-avon.co.uk/soawshst.htm

Mudando o rumo da conversa, hoje voltei a um link que é interessante para quem pesquisa sobre leitura, o do National Centre for Research in Children´s Literatura (NCRCL), e o site é:

Sobre Shakespeare, não acho que seja uma leitura fácil, mas toda vez que me deparo (ou deparo, sem o pronome?) com um autor complexo, tenho a fantasia de que, mesmo que não o compreenda agora, um dia a luz virá. Isso nos foi dito por um professor da Faculdade de Jornalismo, em Goiás, e funciona muito comigo. O importante é ler. Compreender já é outra história. Virá - ou não - com o tempo. Geralmente, vem. Com Ser e Tempo, do filósofo alemão Heidegger, é assim. Precisarei de várias leituras, mas o importante é que a primeira já aconteceu.

O livro de Shakespeare de que mais gosto é Macbeth, pois o acho humano e instigante, com aquelas bruxas logo no começo. Por isso, uma obra-prima. Se estiver a fim de mergulhar na obra dele, vá em frente, mas antes dê preferência aos nacionais. Mas, se puder, não leia Paulo Coelho.

Até!
Rosane
Cambridge, 23 de janeiro de 2012.

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